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Uma ilha mágica. Uma tarefa difícil. Um segredo destruidor. Linus Baker leva uma vida solitária e sossegada. Aos quarenta anos, vive na cidade, onde só chove e os dias são cinzentos, numa velha casa, na companhia de uma gata mal-humorada e dos seus discos de vinil. Como funcionário de um departamento que cuida e protege crianças com poderes mágicos, Linus recebe uma tarefa altamente secreta: viajar para para o orfanato da ilha Marsyas, dirigido pelo charmoso e enigmático Arthur Parnassus. No local residem seis crianças com capacidades potencialmente perigosas: um gnomo de 200 anos, uma fada da floresta, uma serpe, um rapaz que se transforma num lulu-da-pomerânia, uma bolha verde amorfa e o Anticristo. Linus deve pôr de lado os seus medos e perceber se eles podem, ou não, trazer o fim dos dias. As crianças não são, no entanto, o único segredo da ilha. No final, uma decisão terá de ser tomada por Linus Baker: destruir um espaço e uma família aos quais inesperadamente se apegou, ou ver o mundo arder. Um romance que lhe deixará a alma em boas mãos e o coração no sítio certo. A profunda experiência de descobrir uma família improvável num lugar inesperado. E perceber que essa família é a sua.
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5 estrelas e favoritado!!!
Um perfeito found family, em uma ilha mágica, um orfanato com seis crianças extraordinárias, não precisa de mais nada para convencer a iniciar essa leitura.
Que leitura incrível e deliciosa, uma história que nos prende do início ao fim. Me fez lembrar muito de "Cafés & Lendas", um cozy fantasy bem gostosinho, para relaxar, perfeito para ler após terminar um calhamaço ou livro complexo.
Foi incrível conhecer cada personagem, todos são muito interessantes, cada um com suas particularidades, suas características, e dificuldades.
Me senti conectada com o livro, com a história, com os problemas e dificuldades, e principalmente com as frases que nos deixam bastante reflexivas. A escrita do autor é uma delícia, extremamente fluida, foi uma leitura que nem senti, simplesmente quando vi, tinha acabado. Ansiosa para ler outros livros do TJ Klune.
"A Casa do Mar Cerúleo" se tornou uma leitura daquelas que ficam eternizadas na memória, com certeza um dia irei reler essa história maravilhosa.
• SPOILERS | Quotes, Notes & Highlights •
"Uma verdade podia ser retorcida sem deixar de parecer verdade."
"Lembre-se de que o mal não merece comentário em tempo algum."
"Tudo desaparecia na areia branca. E depois do branco vinha o cerúleo."
"— (...) Ódio é uma perda de tempo. Vivo ocupado demais para odiar o que quer que seja. Melhor assim."
"— (...) às vezes, era preciso fazer coisas desagradáveis por aqueles com quem se importava."
"— (...) A paciência é uma virtude."
"— Às vezes — disse o sr. Parnassus —, nossos preconceitos influenciam nossos pensamentos quando menos esperamos. Se formos capazes de reconhecer isso e aprender com isso, podemos nos tornar pessoas melhores."
"— E tudo bem. Porque até os mais corajosos de nós às vezes sentem medo. Só não podemos deixar o medo se tornar tudo o que conhecemos."
"— Tudo tem uma explicação. Há um motivo para as coisas."
"— (...) A curiosidade faz a imaginação voar (...)"
"— O mundo é um lugar esquisito e maravilhoso. Por que tentamos explicar tudo? Para nossa própria satisfação?"
"— Acho que vai descobrir que o impossível aqui é mais acessível do que foi levado a acreditar."
"— As coisas que mais tememos muitas vezes são as coisas que menos devemos temer. É irracional, mas é o que nos torna humanos. E se formos capazes de vencer nossos medos, não haverá nada de que não seremos capazes."
"— Sonhos não passam disto: sonhos. São voos da imaginação. Não precisam se tornar realidade."
"— (...) Um quarto bagunçado é sinal de uma mente bagunçada. É melhor manter as coisas limpas sempre que possível."
"— (...) Errar é humano, seja irracional ou não. E, embora alguns erros sejam maiores que outros, aprendendo com eles nos tornamos pessoas melhores."
"— (...) A morte é maravilhosa pra música. Faz os cantores parecerem fantasmas."
"— A humanidade é tão esquisita. Quando não estamos rindo, estamos chorando ou correndo pra salvar a própria vida, porque tem monstros tentando devorar a gente. E nem precisam ser monstros de verdade."
"— Esperança — repetiu o sr. Parnassus. — Porque é o que precisamos oferecer a ele, o que precisamos oferecer a todos eles. Esperança, um caminho, um lugar a que possam pertencer, um lar onde possam ser quem são sem medo das repercussões."
"— (...) Como podemos lutar contra o preconceito se não fazemos nada para mudar as coisas? Se vamos permitir que ele envenene nosso espírito, o que estamos fazendo aqui?"
"— (...) às vezes, não devemos expressar nossos desejos em voz alta, ou não vão se tornar realidade."
— (...) Há um mundo todo além do mar (...)"
"— Palavras também machucam — afirmou Lucy.
— Eu sei. Mas temos que escolher nossas batalhas. Só porque alguém age de determinada maneira, não significa que devemos responder da mesma forma. É o que nos torna diferentes. É o que nos torna bons."
"— (...) Às vezes ficamos presos em nossas pequenas bolhas. Embora o mundo seja vasto e misterioso, essas bolhas nos mantêm protegidos de tudo isso. Em nosso próprio detrimento. — Ela suspirou. — É fácil, porque a rotina é algo tranquilizador. Os dias se passam e são sempre iguais. Quando somos tirados disso, quando a bolha estoura, pode ser difícil compreender o que estávamos perdendo. Podemos até temer isso. Alguns de nós até tentam lutar para voltar."
"— As pessoas são péssimas, mas às vezes deveriam se afogar na própria porcaria delas, sem nossa ajuda."
"— A mudança vem quando as pessoas a querem de verdade, sr. Baker."
"— Nosso lar nem sempre é a casa onde moramos. Também são as pessoas de quem escolhemos nos cercar."
"— Não é justo.
— Não. Não é. A vida raramente é. Mas lidamos com as coisas da melhor maneira que podemos. E nos permitimos torcer pelo melhor. Porque uma vida sem esperança não é vida."
"O céu e o mar tinham um tom cerúleo."
"— Cometemos erros. Constantemente. É o que nos torna humanos, ainda que sejamos diferentes uns dos outros."
"— Há momentos na vida em que é preciso arriscar. É assustador, porque a possibilidade de dar errado sempre existe."
"— É engraçado como as coisas são, não é? Encontrarmos as coisas mais inesperadas quando nem estamos procurando."
"Às vezes, pensou ele, numa casa num mar cerúleo, era possível escolher a vida que se queria.
E, se você tivesse sorte, às vezes aquela vida te escolhia de volta."