Em uma pequena cidade universitária nas colinas do sul da Califórnia, uma aluna do primeiro ano chega cambaleante ao seu quarto. É uma noite amena, os dormitórios estão silenciosos. Ela se deita, dorme - e não acorda mais.
Continua desacordada de manhã, segue dormindo à tarde. Sua colega de quarto, Mei, é uma menina tímida, sem amigos. É ela a primeira a desconfiar de que há algo errado. Sacode a colega, tenta falar com ela, é impossível acordá-la. Nem mesmo os paramédicos, logo chamados ao dormitório, são capazes de trazê-la de volta. Muito menos os médicos, perplexos, no hospital.
Quando a segunda garota pega no sono, e depois a terceira, os alunos e professores entram em pânico. Os médicos não sabem o que fazer. Constatam que a doença é contagiosa, mas não sabem como é transmitida.
O pânico se espalha pela cidade. Um jovem casal tenta proteger a filha recém-nascida, conforme as pacatas ruas do vilarejo se tornam caóticas. E duas irmãs tentam ajudar uma a outra enquanto seu pai começa a estocar mantimentos para sobreviver ao desastre.
As vítimas, internadas no hospital local, continuam vivas, e apresentam níveis incomuns de atividade cerebral. Seus sonhos são intensos, nunca antes registrados. Mas o que sonham?
Com um texto luminoso e preciso, Karen Thompson Walker nos leva a um mundo real, tocado pelo inexplicável. Ela nos faz mergulhar na vida dessas pessoas, que mudaram de forma radical - estejam elas sonhando ou não.