Se em "A Guerra da Papoula" tivemos a introdução de toda a história e personagens; em "A República do Dragão" as traições, estratégias e a guerra; nesse terceiro e último livro "A Deusa em Chamas" temos toda a fúria da Fênix e da Rin, o desejo de vingança, o arrependimento de se deixar levar a confiar nas pessoas erradas, e principalmente sua deusa com o poder em seu nível máximo.

Esse foi um livro de se ficar sem ar e muitas vezes me deixou sem palavras.

Uma história que te envolve e te prende do início ao fim, mesmo tendo seus altos e baixos durante o enredo, mas que não diminuem a perfeição desse último livro, diferente do segundo livro que atrapalhou um pouco a dinâmica da leitura (pelo menos no meu ponto de vista).

Achei o final justíssimo, e é incrível quando a gente se toca que o final poderia sim ser como o que ocorreu, pois vemos todas as dificuldades da Rin no "pós-guerra".

Olhando todos os livros dessa trilogia, posso dizer, tranquilamente, que vale a pena cada segundo dessa leitura, com uma história fantástica, um enredo que nos prende do início ao fim e uma narrativa perfeita a autora R.F. Kuang fez um excelente trabalho, e com certeza vou ler outros livros dela.

Termino essa trilogia querendo deletar da minha mente para poder reler e sentir tudo o que senti durante a leitura desses livros.


"Tragam a religião de volta a este país. Mostrem aos hesperianos a verdade sobre os deuses."

"(...) era em meio ao caos que Rin prosperava."

"Rin entendia agora o que precisava fazer para se agarrar ao poder: submergir o mundo em caos e forjar sua autoridade a partir dos pedaços quebrados."

"Sua vez, disse Rin a Fênix. Mostre a eles tudo o que tem."

"Não estava invocando a chama, ela era a chama; aquelas enormes colunas eram extensões naturais de seu corpo, tão simples de comandar quanto seus dedos das mãos e dos pés. Ela sentiu a presença da Fênix tão próxima que poderia estar no mundo espiritual."

"— Você sabe qual foi o seu maior erro?— perguntou ela, baixinho. — Você devia ter apostado em mim."

"O objetivo da vingança não era curar. A questão era que a euforia, por mais temporária que fosse, abafava a dor."

"— Lâminas fazem menos barulho — disse Daji. — O fogo agoniza. E você não quer que os gritos deles perturbem os que dormem."

"Já matei milhões de vocês antes, pensou ela. Para mim, isso virou rotina. Para mim, isso não é nada."

"Aprenda a ver um pedaço de carne, não um homem. Não há alma. O corpo é simplesmente um conjunto de alvos implorando para serem atingidos."

"Os melhores planos eram os que eram mantidos secretos até serem executados. Discrição era a palavra-chave."

"Ela já havia jurado lealdade a duas pessoas, e ambas a haviam traído. Confiara primeiro em Daji e depois em Vaisra, e os dois a venderam sem pestanejar. De agora em diante, Rin era dona do próprio destino."

"— Não sinto nem um pouco de culpa por estar fazendo isso — continuou ela. — Você não deveria ter se metido no meu caminho."

"(...) a dor é o caminho mais rápido para o Panteão. Encontrem suas cicatrizes. Enfiem uma faca nelas. Busquem lá no fundo."

"Agora, ela manejava um fogo diferente, mais poderoso e faminto, um que queria queimar não como uma reação ao medo e à dor, mas com uma fúria que surgia do poder. A fúria de ser desrespeitada, de ser desafiada. Essa fúria parecia mais quente. Mais sombria."

"É morte ou Chuluu Korikh. Comandantes abatem."

"— É uma longa marcha até a liberdade — disse ele. — E não é tão fácil quanto queimar nossos inimigos. Nós ganhamos nossa guerra, Rin. Derrubamos sangue por justiça. Mas a pureza ideológica é um grito de guerra, não a base estável para um país unificado. Uma nação não é nada se não puder prover para as pessoas. Você tem que agir por elas. Às vezes, você precisa ceder. Às vezes, pelo menos, precisa fingir que vai ceder."

"Morrer era fácil. Viver era bem mais difícil."