A segunda edição da Revista Espírita tem foco na mediunidade. Kardec nos traz um bálsamo de artigos sobre os médiuns, mediunidade e comunicações com os espíritos, faz importante colocações e alertas sobre esses assuntos, sempre utilizando sua experiência como base.

A edição de 1859 conseguiu superar a primeira edição (1858). Além disso, Kardec parece estar mais confiante e mais "solto" nesta revista, não demonstra medo as críticas (já não demostrava deste a primeira edição, mas há um toque á mais nessa segunda edição), faz questão de respondê-las, sempre se respaldando em cima doutrina dos espíritos e da lógica. E acredito que a tendência é de isso crescer ainda mais nos próximos volumes.

Essa edição, principalmente, se torna indispensável para o estudo da doutrina. Particularmente acho maravilhoso o primeiro volume da revista, e traz ótimos conteúdos introdutórios para os não adeptos à doutrina, mas essa em específico está em outro patamar, Kardec entra mais a fundo aos assuntos do espiritismo, e para aqueles que já possuem um certo conhecimento, o segundo volume soa um pouco mais interessante.

Novamente comparando com o volume de 1858, a de 1859 é mais fácil na questão de entendimento, traz artigos, dúvidas, questionamentos e críticas bem interessantes. É uma leitura densa, obviamente, mas achei muito fluida e reflexiva em vários momentos. A prova disso para mim foi a diferença de tempo que li nessa edição comparado com a anterior. Outro ponto, é de que não vejo problema algum em começar por esse edição (mesmo o lógico sendo por começar pela primeira edição).

Mais uma obra maravilhosa, cheia de pontos relevantes e importantíssimos acerca da doutrina dos espíritos.