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Cândido é um conto. Escrito contra seus opositores, Voltaire, com fina ironia, sem deixar de lado o sarcasmo e, com frequência, extremamente mordaz, responde com este conto em que contrapõe ingenuidade e esperteza, desapego e ganância, delicadeza e violência, amor e ódio, simpatia e crueldade e outros paradoxos da existência humana. Inserções de cunho filosófico levam os personagens a buscar causas e efeitos de qualquer coisa, a razão suficiente do que se pensa e se faz, a ética ou a moral do que é feito. O conto em si pode ser visto como um espelho do irreal e, na verdade, reflete a irrealidade ou a farsa de realidade que o mundo da época de Voltaire vivia. O Ingênuo - segundo conto deste volume - segue, aproximadamente, a mesma linha de pensamento, embora se calque na onda de indianismo que se propagou na França do século XVIII. Voltaire ressalta a pureza de princípios dos índios americanos, contrapondo-os às ridículas e desgastadas convenções sociais e políticas da Europa da época.
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