Clarice Lispector
Clarice Lispector was a Brazilian writer. Acclaimed internationally for her innovative novels and short stories, she was also a journalist. Born to a Jewish family in Podolia in Western Ukraine, she was brought to Brazil as an infant, amidst the disasters engulfing her native land following the First World War.She grew up in northeastern Brazil, where her mother died when she was nine. The family moved to Rio de Janeiro when she was in her teens. While in law school in Rio she began publishing her first journalistic work and short stories, catapulting to fame at age 23 with the publication of her first novel, 'Near to the Wild Heart' (Perto do Coração Selvagem), written as an interior monologue in a style and language that was considered revolutionary in Brazil.She left Brazil in 1944, following her marriage to a Brazilian diplomat, and spent the next decade and a half in Europe and the United States. Upon return to Rio de Janeiro in 1959, she began producing her most famous works, including the stories of Family Ties (Laços de Família), the great mystic novel The Passion According to G.H. (A Paixão Segundo G.H.), and the novel many consider to be her masterpiece, Água Viva. Injured in an accident in 1966, she spent the last decade of her life in frequent pain, steadily writing and publishing novels and stories until her premature death in 1977.She has been the subject of numerous books and references to her, and her works are common in Brazilian literature and music. Several of her works have been turned into films, one being 'Hour of the Star' and she was the subject of a recent biography, Why This World, by Benjamin Moser.
A Bela e a Fera
Clarice Lispector
Livro póstumo de contos, A bela e a fera apresenta ao leitor duas Clarices: a primeira, uma jovem aflita, com imaginação de extrema vitalidade, que, aos 14 anos, começa a inventar histórias e a escrever contos insólitos que têm como marca a expressão de intensos impulsos emocionais.
Clarice Lispector perdera pouco antes sua mãe, que já conhecera paralítica. A menina de 1940 carregava uma dor dupla: a perda da mãe, com quem mal pudera se relacionar, e o martírio de não tê-la salvo da enfermidade ao nascer, conforme a previsão dos médicos. Foi neste contexto que, a partir de 1940, surgiram os contos da primeira parte do livro: "História interrompida", "Gertrudes pede um conselho", "Obsessão", "O delírio", "A fuga" e "Mais dois bêbados". São temas leves de menina, como a adolescente ansiosa para "resolver" seu amor por aquele rapaz estranho, bonito e triste de "História interrompida". Ou a luta de Gertrudes por ajuda para a melancolia em cartas que escreve a uma médica consultora de um jornal em "Gertrudes pede um conselho". Mas o sofrimento é de gente grande, dores maduras, que a autora cultivava há muito tempo, apesar dos poucos 14 anos.
Mas nem assim Clarice perde o humor. Os ensaios de Clara para pedir ou apenas comunicar seu casamento com W. são hilariantes, e sem dúvida compartilhados por todas as adolescentes do mundo. Mas o desfecho trágico – W. se mata, antes da declaração da amada – é só de Clarice Lispector.
A amiga, colaboradora e companheira dos últimos anos de vida Olga Borelli explica que estes contos da adolescência não foram publicados antes porque, na verdade, Clarice não sabia o que era exatamente um conto, mas tinha intuição do que era um anticonto: "Talvez ela entendesse mais de anticonto, porque se considerava antiescritora", diz Olga na apresentação do livro. A esta característica, Clarice atribuía a não publicação de seus trabalhos de pré-adolescente, enviados para a seção de contos infantis de O Diário de Pernambuco. O jornal só publicava histórias que, segundo Clarice, começavam com "Era uma vez, e isso, e mais isso, e depois aquilo..."
Olga Borelli lembra que Clarice costumava dizer que só escrevia quando "a coisa vem". E foi assim que vieram os dois contos escritos em seus últimos meses de vida, em 1977 : "Um dia a menos" e "A bela e a fera". Este último, segundo Olga, nascido de uma visão dilacerada do encontro de uma dondoca com um mendigo ferido em Copacabana. A desgraça do mendigo da ferida aberta chocou a socialite, não apenas por lhe ter provocado um forte clamor por justiça social, mas por perceber que a ferida do mendigo era real, ao passo que ela sequer existia. Era uma alma penada pairando pelos salões e encobrindo com jóias um infinito vazio. Sua ferida era o nada.
A bela e a fera, como os demais títulos de Clarice Lispector relançados pela Rocco, recebeu novo tratamento gráfico e passou por rigorosa revisão de texto, feita pela especialista em crítica textual Marlene Gomes Mendes, baseada em sua primeira edição.
A Breath of Life
Clarice Lispector
A mystical dialogue between a male author and his creation, this posthumous work has never before been translated, and is a book of particular beauty and strangeness.
A mystical dialogue between a male author (a thinly disguised Clarice Lispector) and his/her creation, a woman named Angela, this posthumous work has never before been translated. Lispector did not even live to see it published.
At her death, a mountain of fragments remained to be “structured” by Olga Borelli. These fragments form a dialogue between a god-like author who infuses the breath of life into his creation: the speaking, breathing, dying creation herself, Angela Pralini. The work’s almost occult appeal arises from the perception that if Angela dies, Clarice will have to die as well. And she did.
A Breath of Life (New Directions Paperbook) by Lispector, Clarice (2012) Paperback
Clarice Lispector
Quando a escritora Clarice Lispector terminou Um sopro de vida, às vésperas de sua morte, por câncer, em 1977, sabia que este seria o seu livro definitivo. O livro era de fato o sopro de vida de Clarice, que precisava escrever para se sentir viva. Na história, ela fala de um homem aflito que criou uma personagem, Angela Pralini, seu alter-ego. Mas ora ele não se reconhecia em Angela, porque ela era o seu avesso, ora odiava visceralmente o que via refletido naquela estranha personagem-espelho. O autor elabora Angela Pralini, mas ela toma vida própria, surpreendendo e revoltando seu criador com suas diferenças. Um processo de criação, uma relação em que Clarice Lispector revela os conflitos de um autor com seus próprios impulsos e o quanto é doloroso aceitá-los e deixá-los fluir. Ainda que estes impulsos se realizem através de uma personagem, Angela Pralini, criada para libertar o autor de seus fantasmas, cumpre o destino de ser o sopro de vida de um escritor. A questão da vida e da morte atormenta este autor criado por Clarice em seus últimos momentos de “Se me perguntarem se existe vida além da morte… respondo num hesitante existe mas não é dado saber de que forma essa alma viverá… Vida, vida recoberta em um véu de melancolia. farol que me guia em rumo certo. Sinto-me magnífico e solitário entre a vida e a morte”, diz o autor, ao qual responde a personagem Angela “Na hora de minha morte – que é que eu faço? Me ensinem como é que se morre. Eu não sei.” Ao longo destes impulsos de vida e de morte que resultaram em Um sopro de vida, o livro definitivo, Clarice Lispector escreveu a sua última obra publicada, A hora da estrela.Nova edição, agora com projeto gráfico de Victor Burton e capa criada a partir de pinturas da própria Clarice. Esta edição traz posfácio do professor de literatura Carlos Mendes de Sousa.
A Breath of Life: Pulsations (New Directions Books)
Clarice Lispector
A mystical dialogue between a male author (a thinly disguised Clarice Lispector) and his/her creation, a woman named Angela, this posthumous work has never before been translated. Lispector did not even live to see it published.
At her death, a mountain of fragments remained to be “structured” by Olga Borelli. These fragments form a dialogue between a god-like author who infuses the breath of life into his creation: the speaking, breathing, dying creation herself, Angela Pralini. The work’s almost occult appeal arises from the perception that if Angela dies, Clarice will have to die as well. And she did.
A Cidade Sitiada
Clarice Lispector
You can find the 'newer' cover edition with the same ISBN here.
A simplória personagem Lucrécia, de 'A cidade sitiada', docemente desprovida de raciocínio e/ou de consciência, é alma gêmea de Macabéa, que muitos já viram na versão cinematográfica 'A hora da estrela'. Lucrécia é apenas o que ela vê - os cavalos a esmo na suburbana cidade natal de São Geraldo, o morro do Pasto, o armazém, o sol sem vento da tarde.
Acqua viva
Clarice Lispector
«Da un mistero è venuta, verso un altro è partita. / Restiamo ignari dell'essenza del mistero» scrive Drummond de Andrade di Clarice Lispector. Ed è proprio in un misterioso universo personale – un universo labirintico e lacerato – che il lettore viene come risucchiato dalla voce, visceralmente femminile, che in queste pagine tenta di dire l'indicibile, di entrare in contatto «con l'invisibile nucleo della realtà». Attraverso uno sregolato, impetuoso flusso di coscienza la Lispector ci fa percepire, in modo quasi fisico, impressioni e visioni di travolgente intensità, usando una lingua che sembra inventare continuamente se stessa, il cui fascino risiede nella sua stranezza e le cui ferite sono il suo punto di forza. Testo estremo di un'artista estrema, Acqua viva costituisce il raggiungimento della maturità della sua autrice: un assolo ammaliante, in cui tornano i temi ricorrenti in gran parte dell'opera della Lispector – la natura e i suoi sfaccettati simbolismi, lo specchio e la rifrazione obliqua, il male e la morte, l'incomunicabilità fra amanti – spinti all'incandescenza, senza che mai, ai suoi incantesimi, ci sia dato sottrarci.
Agua viva
Clarice Lispector
¿Dónde están los límites del lenguaje?
Agua viva es una vivencia –no una reflexión– sobre esos límites. Para avanzar más allá, en busca de la «entrelínea», la voz femenina que nos habla deberá pedir auxilio a la música y sobre todo a la pintura para acercarse al it, ese punto central de lo vivo que Clarice Lispector persiguió en todas sus obras. Vaga epístola a un destinatario mudo, Agua viva supera en todo momento las fronteras de esa amplia familia de las cartas de desamor a la que en parte pertenece. Más allá de la pasión, el texto apunta –con todas las armas: palabra, color y nota– al centro de la vida y desafía a la muerte con su defensa de la alegría.
Água Viva
Clarice Lispector
Lispector at her most philosophically radical. A meditation on the nature of life and time, Água Viva (1973) shows Lispector discovering a new means of writing about herself, more deeply transforming her individual experience into a universal poetry. In a body of work as emotionally powerful, formally innovative, and philosophically profound as Clarice Lispector’s, Água Viva stands out as a particular triumph.
A Hora da Estrela
Clarice Lispector
Alternative cover editions for this ISBN can be found here and here.
A história da nordestina Macabéa é contada passo a passo por seu autor, o escritor Rodrigo S.M. (um alter-ego de Clarice Lispector), de um modo que os leitores acompanhem o seu processo de criação. À medida que mostra esta alagoana, órfã de pai e mãe, criada por uma tia, desprovida de qualquer encanto, incapaz de comunicar-se com os outros, ele conhece um pouco mais sua própria identidade. A descrição do dia-a-dia de Macabéa na cidade do Rio de Janeiro como datilógrafa, o namoro com Olímpico de Jesus, seu relacionamento com o patrão e com a colega Glória e o encontro final com a cartomante estão sempre acompanhados por convites constantes ao leitor para ver com o autor de que matéria é feita a vida de um ser humano.
A Legião Estrangeira
Clarice Lispector
A Legião Estrangeira ganha nova edição com novo projeto gráfico e posfácio inédito de Marília Librandi
Os 13 contos de A Legião Estrangeira abordam o cotidiano familiar, a perversidade infantil e a solidão. Como apontou o escritor Affonso Romano de Sant’Anna na introdução de uma antiga edição do livro, para Clarice Lispector importa mais a geografia interior. "Em vez de tipos épicos e dramáticos, temos figuras situadas numa aura de mistério, vivendo relações profundas dentro do mais ordinário cotidiano", escreveu. "Mais do que as aventuras, interessa-se por descrever a solidão dos homens diante dos animais e objetos." Entre os contos destaca-se "Viagem a Petrópolis", escrito quando Clarice tinha apenas 14 anos. Neste, a precoce escritora narra a absurda solidão de uma velhinha que, sem lugar para morar, é empurrada de uma casa para outra. E o leitor perceberá em "Os desastres de Sofia" uma história de transparente sensibilidade, em que a autora aborda a perversidade infantil por meio do relacionamento de uma aluna com seu professor. A vulnerabilidade dos animais diante dos homens, e vice-versa, está presente em "A quinta história", "Macacos" e ainda em "A legião estrangeira". Assim como toda a obra de Clarice Lispector ora reeditada por ocasião do seu centenário de nascimento, esse livro conta com projeto gráfico do consagrado designer Victor Burton.
A Maçã no Escuro
Clarice Lispector
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Seriam os atos do homem, às vezes os mais cruéis, necessários para elevá-lo à condição de imagem e razão? Em A maçã no escuro, Clarice Lispector faz crer que sim, transformando o atordoado Martim em um novo homem após ter supostamente assassinado a mulher. Fugindo do crime, Martim acaba descobrindo-se como homem, desprezando os antigos valores estabelecidos em sua vida. Na corrida por uma nova existência, ele se revela numa outra condição. Sua fuga, em vez de isolá-lo, remonta à criação do homem, de um novo ser surgido do nada. A narrativa, próxima da criação bíblica, em vez de julgar os personagens culpados ou inocentes, faz deles aprendizes do mundo, onde cada etapa funciona como uma gênese de um ser recém-criado.
Mas é a natureza, com a qual Martim passa a conviver de forma mais acentuada ao chegar à fazenda de Vitória, que se transforma em pano de fundo da diferenciação e da combinação entre o homem e o animal, das atitudes racionais contra os atos impensados. No contato com a dona da fazenda, sua prima viúva Ermelinda e a cozinheira mulata, Martim se envolve não numa relação de antítese entre homem e mulher, mas na descoberta de pessoas complementares e ambíguas, dominantes e dominadas que invertem seus papéis a todo momento.
Clarice Lispector coloca-se na narrativa como um espectador capaz de alterar os destinos dos personagens. Agindo como um Deus, a autora muitas vezes abandona as características próprias de cada um deles para fazer uma descrição própria de seus papéis na história maior contada no livro: a vida, a criação, a dor e o prazer de ser. E se por um lado o leitor fiel de Clarice pode estranhar que a figura principal deste livro seja um homem – é Martim, o herói-vilão, estopim de mudanças em si e nos outros —, ao mesmo tempo acabará identificando nele uma característica comum aos protagonistas da autora: um profundo mergulho em seus próprios valores, a visão ensimesmada da existência, que os aproxima e os iguala em grau, sofrimento e gozo a qualquer pessoa.
Os três capítulos que formam A maçã no escuro, escrito de 1951 a 1961, quando foi publicado, mostram de forma gradativa o pecado, ato impensado, e a redenção, o surgimento de um outro, como elementos primordiais de evolução do ser. A análise profunda que Clarice impõe nada mais é que o exercício do pensamento: o diferencial do homem, que mata, morre e ressuscita, ressurgido a cada momento.
A maçã no escuro, como os demais títulos de Clarice Lispector relançados pela Rocco, recebeu novo tratamento gráfico e passou por rigorosa revisão de texto, feita pela especialista em crítica textual Marlene Gomes Mendes, baseada em sua primeira edição..
An Apprenticeship or The Book of Pleasures
Clarice Lispector
What to make of a writer who follows the metaphysical heights of her great Passion According to GH with a book that looks suspiciously like a romance novel?
In The Apprenticeship, or The Book of Pleasures, Clarice Lispector tries to discover how to bridge the gap between people, or how to even begin to try.
A woman struggles to emerge from solitude and sadness into love, including sexual love: her guide on this journey is Ulisses, who (yes) leads her patiently into the fullness of life.
The Apprenticeship was a bestseller and, as her biographer Benjamin Moser writes, "This accessible love story surprised many readers. When it came out, an interviewer said: 'I thought The Book of Pleasures was much easier to read than any of your other books. Do you think there’s any basis for that?' Clarice answered: 'There is. I humanized myself, the book reflects that.'”
A Paixão Segundo G.H.
Clarice Lispector
This is an alternative cover edition for ISBN 853250809X / ISBN-13 9788532508096.
Este livro foi publicado em 1964, data significativa na história brasileira e na vida de todos nós. A escritora também sofreu os abalos da nação. Na época, ela não sabia a que gênero literário "A paixão segundo GH" pertencia. "Novela, romance. Não importa. Este livro é como um livro qualquer". Ser humano em conflito permanente, Clarice procura selecionar e induzir seu leitor: "eu ficaria contente se fosse lido apenas por pessoas de alma já formada. Aquelas que sabem que a aproximação, do que quer que seja, se faz gradualmente e penosamente. […] Aquelas pessoas que, só elas, entenderão bem devagar que este livro nada tira de ninguém. […] A mim, por exemplo, o personagem GH foi dando pouco a pouco uma alegria difícil". O processo de descoberta de GH permite com que conclua que, para viver, é preciso aprender a morrer. — por Patrício Bentes
Aprendendo a Viver (imagens)
Clarice Lispector
Clarice Lispector tem o poder de encantar sucessivas gerações de leitores. Sua obra conquista mais leitores, num número crescente de países, comprovando que seu legado literário está mais vivo do que nunca, falando ao coração de muitos milhares de pessoas que ainda não eram nascidas quando ela faleceu, em 1977. Leitores jovens, de ambos os sexos e das mais diferentes culturas, que comprovam a universalidade e a imperecibilidade de seu legado literário. 'Aprendendo a viver imagens' é uma compilação de fotos inéditas do acervo pessoal da família de Clarice e trechos de sua elogiada obra. Organizado pela professora e biógrafa da autora, Teresa Montero, e pelo fotógrafo Luiz Ferreira, as fotografias selecionadas para o livro mostram Clarice em todas as fases de sua vida, da infância até a década de 70.
Aprendiendo a vivir. Y otras crónicas
Clarice Lispector
Aprendiendo a vivir es una selección de las crónicas de Clarice Lispector publicadas en el Jornal do Brasil entre septiembre de 1967 y diciembre de 1973. La Clarice que aquí encontramos es el ama de casa que se enfrenta a los problemas domésticos: el presupuesto familiar, la sopera que hay que devolver, la mudez crónica del teléfono o la educación de los hijos. Dos décadas y media después de la aparición de su primer libro, cuando ya figuraba en las enciclopedias como uno de los grandes nombres de la literatura universal, no intenta ser literaria en estos textos que compone, como ella misma afirma, «a vuela máquina». Para muchos, el inesperado placer de descubrir la manera libre y osada en que Clarice se enfrentó a la tarea de escribir semanalmente para un periódico supondrá una maravillosa sorpresa.
Aprendizaje o El libro de los placeres
Clarice Lispector
'Aprendizaje o El libro de los placeres' (publicado por primera vez en 1969) despertó la polémica entre los críticos, que aún hoy debaten sus posibles interpretaciones. 'Aprendizaje' es el relato de cómo el amor se forja en dos seres; a través de un arduo desnudamiento interno los protagonistas van recuperando su identidad hasta alcanzar la renovación vital en la mutua entrega. A su ejercicio introspectivo opone la autora su propia búsqueda formal, el intento de superar los límites del estilo amalgamando forma y fondo en una prosa rebosante de imágenes que desarman al lector con su verdad hiriente. Su lectura ofrece a quien la emprende el desafío de seguir paso a paso ese hondamiento, ese despojarse de todos los bagajes para iniciar un definitivo aprendizaje de la existencia.
Aqua viva
Clarice Lispector
Clarice Lispector tinha o hábito de dormir cedo, acordar de madrugada e ficar sentada na sua sala pensando, fumando e ouvindo a Rádio Relógio, acompanhada apenas de seu cachorro, Ulisses. Nesses momentos de solidão, nasceram muitas de suas obras, que, depois, ela escreveria com a máquina de escrever apoiada sobre as pernas. “Escrevo-te sentada junto de uma janela aberta no alto do meu ateliê”, diz ela em determinado trecho do romance Água viva, em que a autora se confunde com a personagem, uma solitária pintora que se lança em infinitas reflexões sobre o tempo, a vida e a morte, os sonhos e visões, as flores, os estados da alma, a coragem e o medo e, principalmente, a arte da criação, do saber usar as palavras num jogo de sons e silêncios que se combinam, a especialidade da própria Clarice.
Água viva, longo texto ficcional em forma de monólogo, foi lançado pela primeira vez em 1973, poucos anos antes da morte de Clarice que, nessa época, já se consagrara como um dos valores mais sólidos da nossa literatura, por seu estilo único, em que a grande preocupação era a busca permanente pela linguagem.
Água viva é um desafio emocionante para quem lê ou relê Clarice Lispector. Traz uma linguagem que não se perde no tempo; ao contrário, é ricamente metafórica, em que coisas, ações e emoções do dia-a-dia se transformam em grandiosas digressões indagadoras sobre o sentido da existência e da vida. Seguindo a linha de características introspectivas de seus livros, Clarice cria uma obra singular, verdadeiro relato íntimo que projeta em flashes, como num caleidoscópio, verdadeiros resumos de estados de espírito em tom de confidência, onde a subjetividade sobrepuja o factual e a narradora é responsável pela cadência do texto.
Nova edição do de um dos livros mais conhecidos de Clarice Lispector, agora com projeto gráfico de Victor Burton e capa criada a partir de pinturas da própria Clarice. Esta edição traz posfácio do poeta Eucanaã Ferraz.
At skrive og leve
Clarice Lispector
A via crucis do corpo
Clarice Lispector
Publicados pela primeira vez em 1974, os 13 contos que compõem 'A via crucis do corpo', de Clarice Lispector, são precedidos por uma explicação da autora. Ela diz que as histórias foram feitas sob encomenda e que, contrariando sua vontade inicial, aceitou a tarefa por puro impulso. Tentou assiná-lo com o pseudônimo Cláudio Lemos, mas acabou sucumbindo ao argumento de que deveria ter liberdade para escrever o que quisesse. A via crucis do corpo não tem nada de imoral; é, antes de tudo, uma fresta no cárcere social que mantém a mulher - condutora de todos os contos - supostamente distante de seus desejos e fantasias. Ou dos fardos, como a virgindade. O que Clarice fez foi apenas descrever, de forma leve e bem-humorada, algumas dessas benditas transgressões.
Cerca del corazón salvaje
Clarice Lispector
Cerca del corazón salvaje es el intento de construir la biografía de Joana, no el personaje central, sino uno de ellos, desde la infancia hasta la madurez, buscando la verdad interior, estudiando la complejidad de las relaciones humanas, intentando olvidar la muerte, la muerte del padre, que Joana no aceptará jamás. En esta autora, el silencio es el centro de su obra, y también la meditación y la experimentación sobre los límites de la palabra. Nadie duda hoy de que la obra de Clarice Lispector es, en nuestro tiempo, una de las experiencias más profundas para expresar temas que nos desbordan: el silencio y el ansia de comunicación, la soledad en un mundo en el que la comunicación ficticia nos abisma en el desamparo, la situación de la mujer en un mundo creado por los hombres. Cerca del corazón salvaje es ya, en este sentido, un clásico, y su importancia no hará más que destacarse con el tiempo.
Clarice Lispector entrevista: Grandes personalidades entrevistadas por Clarice Lispector (Portuguese Edition)
Clarice Lispector
Múltipla e sempre surpreendente, Clarice Lispector desenvolveu intensa atividade como jornalista, em paralelo à sua produção literária de romances, contos, crônicas e livros infantis. Polifônica e versátil, Clarice soube fazer com que algumas das mais importantes personalidades do cenário nacional – e algumas estrangeiras – abrissem seus corações e mentes em entrevistas reveladoras. Escritores, músicos, dramaturgos, artistas de teatro, do cinema e da TV, cientistas, professores, políticos, atletas, sambistas, jogadores de futebol e até mesmo duas primeiras-damas estão retratados nesta coletânea que apresenta 83 conversas francas com Clarice, 35 delas inéditas em livro.
Organizado pela renomada especialista na obra de Clarice Lispector, a professora Claire Williams, da Universidade de Oxford, Clarice Lispector entrevista oferece uma nova e reveladora perspectiva sobre figuras emblemáticas do Brasil moderno, enquanto traz à tona nuances da própria Clarice que permaneciam pouco exploradas em seus escritos.
Clarice na Cabeceira: Jornalismo
Clarice Lispector
Uma das autoras brasileiras mais estudadas internacionalmente - suas obras começam a ganhar novas e prestigiadas traduções não só na América Latina como também nos Estados Unidos e Europa - Clarice Lispector, enquanto trabalhava sua ficção, manteve intensa atuação na imprensa. Vale dizer, apenas para mensurar seu ofício de jornalista, que Clarice escreveu cerca de 450 colunas destinadas ao universo da mulher, o que equivale aproximadamente a cinco mil textos, distribuídos em fragmentos de ficção, crônicas, noticiário de moda, conselhos de beleza, receitas de feminilidade, dicas de culinária, educação de filhos e comportamento. Como entrevistadora, foram cerca de 100 textos. E, somente para o Jornal do Brasil, na fase áurea do matutino carioca, publicou mais de 300 crônicas.
Organizado pela pesquisadora Aparecida Maria Nunes, Clarice na cabeceira - jornalismo é uma amostra dessa atividade, a melhor que pode haver. Nele, o leitor terá o privilégio de entrar em contato com textos inéditos, como a primeira entrevista que Clarice Lispector realizou, em 1940, com o poeta católico Tasso da Silveira, e a última, em 1977, com a artista plástica Flora Morgan Snell. Em ambas, está presente a maneira original de Clarice entrevistar: tem-se conhecimento de particularidades dos entrevistados e da própria Clarice, que, fugindo às regras do gênero, não se furta de participar, na maioria das vezes, da conversa. E, quando o faz, é sempre de forma deliciosa e provocadora.
A estrutura do livro, segmentada em quatro momentos, contemplou os primeiros textos na imprensa (nos jornais A Noite, Diário do Povo, Correio da Manhã e Diário da Noite e nas revistas Pan, Vamos Ler!, Dom Casmurro e Comício); as chamadas páginas femininas; as crônicas; e as entrevistas. A disposição facilita a percepção da trajetória da escritora no jornalismo. "Um jornalismo peculiar, em muitos momentos. Mas que, sem dúvida, pertence à história do jornalismo no Brasil", nota Aparecida Maria Nunes, que organizou também os volumes Correio feminino e Só para mulheres, ambos publicados pela Rocco.
Complete Stories
Clarice Lispector
The publication of Clarice Lispector's Collected Stories, eighty-five in all, is a major literary event. Now, for the first time in English, are all the stories that made her a Brazilian legend: from teenagers coming into awareness of their sexual and artistic powers to humdrum housewives whose lives are shattered by unexpected epiphanies to old people who don't know what to do with themselves. Lispector's stories take us through their lives - and ours. From one of the greatest modern writers, these 85 stories, gathered from the nine collections published during her lifetime, follow Clarice Lispector throughout her life.
Correspondências
Clarice Lispector
'Correspondências', de Clarice Lispector traz à tona os enfrentamentos cotidianos da autora, expostos em 129 cartas trocadas com outros escritores, artistas, intelectuais e familiares, sendo 70 cartas de autoria de Clarice e 59 recebidas por ela. A coletânea reúne cartas, inéditas em sua maior parte, que permitem a compreensão da produção literária da escritora, assim como um encontro com sua intimidade. 'Correspondências' cobre quatro décadas da vida de Clarice Lispector, da década de 1940 até pouco antes da sua morte, ocorrida no Rio de Janeiro, em dezembro de 1977. Entre seus correspondentes estão o marido, Maury Gurgel Valente, os amigos Bluma Wainer e Fernando Sabino, com quem manteve uma rica e frutuosa correspondência, até trocas mais pontuais, como as de Manuel Bandeira e Fernanda Montenegro.
Covert Joy: Selected Stories
Clarice Lispector
From the massive treasure house of her hugely successful Complete Stories, gathered here are the most glittering gems of Clarice Lispector’s short fiction
This radiant selection of Clarice Lispector’s best and best-loved stories includes such familiar favorites as “The Smallest Woman in the World,”“Love,” “Family Ties,” and “The Egg and the Chicken.” Lispector’s luminous regard for life’s small revelatory incidents is legendary, and here her genius is concentrated in a fizzing, portable volume. Covert Joy offers the particular bliss a book can bring that she expresses in the title
Joy would always be covert for me… Sometimes I’d sit in the hammock, swinging with the book open on my lap, not touching it, in the purest ecstasy.I was no longer a girl with a I was a woman with her lover
Cuentos reunidos
Clarice Lispector
Por primera vez, el lector hispanoparlante dispone de toda la cuentística de la gran escritora reunida en un solo volumen y pone a nuestro alcance la parte más variada, rica y sugestiva de la producción literaria que ella ejerció. Se trata de relatos que privilegian, más que la anécdota, la situación, las sensaciones, el encuentro con la naturaleza y el diálogo supremo con el misterio.
Incluye un prólogo escrito por Miguel Cossío Woodward. Los cuentos aparecieron en las siguientes colecciones:
- Lazos de familia (1960)
- La legión extranjera (1964)
- Felicidad clandestina (1971)
- El viacrucis del cuerpo (1974)
- ¿Dónde estuviste de noche? (1974)
- La bella y la bestia (1979)
For the first time in Spanish, readers have all the short stories of this great writer compiled in a single volume that puts in our reach the varied, rich and suggestive literary works she produced. These stories touch on situations, sensations, encounters with nature, and the dialogue with mystery.
Daydream and Drunkenness of a Young Lady
Clarice Lispector
"The morning became a long, drawn-out afternoon that became depthless night dawning innocently through the house."
Tales of desire and madness from this giant of Brazilian literature.
De amor e amizade (Crônicas para Jovens)
Clarice Lispector
Amor e amizade inspiraram Clarice Lispector dezenas de vezes. Prova disso são as quatro dezenas de textos selecionadas pelo editor Pedro Karp Vasquez para a coletânea De amor e amizade – crônicas para jovens, primeiro de uma coleção que reunirá crônicas, escolhidas por temas, de Clarice Lispector.
Sem prender-se a significados prosaicos, a escritora criou durante anos histórias que remetem a amizades daquelas sem tamanho, a amores para o resto da vida, a relacionamentos baseados na superficialidade e até mesmo ao episódio daquele amor destruído por causa de um bule de bico rachado. Passadas mais de três décadas da morte de Clarice Lispector, os textos confirmam que esses sentimentos permeiam relações e gerações.
Os textos escolhidos apresentam-se impregnados pela forma incomum com que a escritora transporta para o papel seu jeito de ver o mundo e de lidar com o amor e a amizade. Linha após linha, Clarice conduz seus leitores pela “mistura de observações das miudezas do cotidiano com vastos voos do espírito”, como define o editor no prefácio. Leitores de Clarice Lispector não tem idade, mas desta vez a seleção foi pensada para provocar uma experiência inspiradora em jovens leitores, aqueles que “estão começando a descobrir os mistérios e os prazeres do amor e da amizade”.
Histórias fictícias intercalam-se com relatos pessoais, nos quais Clarice parece prestar uma homenagem a amigos queridos. Aparecem nesses momentos, companheiros de episódios de alguma fase da vida da autora, como é o caso do matemático Leopoldo Nachbin. Clarice e Leopoldo encontraram-se no primeiro dia de aula do Grupo Escolar João Barbalho, em Recife. Durante alguns anos, os dois foram os mais impossíveis da turma, com boas notas em todas as disciplinas, exceto em comportamento.
Clarice escreve ainda sobre outro tipo de amor/amizade, aquele com toques genuínos de admiração, algo próximo ao sentimento que levou a leitora anônima a fazer um suéter especialmente para a escritora. A resposta, em tom de agradecimento, foi escrita com a delicadeza que Clarice costumava dedicar aos leitores – a quem chegava a responder cartas e a escrever crônicas baseadas em suas sugestões e seus questionamentos: “E eis-me dona de repente do suéter mais bonito que os homens da terra já criaram.”
De amor e de amizade – crônicas para jovens não se restringe, porém, somente àqueles que encontram-se com Clarice pela primeira vez, mas serve também como um “sopro de renovação e reflexão para os leitores mais maduros”, aqueles que há muito já descobriram que a vida não foi feita para ser vivida automaticamente e que tanto a amizade quanto o amor devem ser experimentados até a última gota – “sem nenhum medo”, como ressalta em determinado momento a escritora.
De Escrita e Vida (Crônicas para Jovens)
Clarice Lispector
Para Clarice Lispector escrita e vida eram as duas faces de um mesmo milagre: a vida cotiana. Nesta seleta de reflexões sobre a escrita e o ato de escrever, extraídas das suas crônicas, alguns poderão encontrar as chaves para a compreensão das motições profundas de sua obra. Ao passo que outros encontrarão certamente estímulo para escrever e, assim, adensar a história de suas próprias vidas. De escrita e vida não ilumina apenas a produção literária e a existência de Clarice, lançando também um esclarecedor foco de luz sobre as vidas dos próprios leitores.
De Natura Florum
Clarice Lispector
De Natura Florum se publicó el 3 de abril de 1971 en el periódico Jornal do Brasil, de Río de Janeiro, y en 1984 integró el volumen A Descoberta do Mundo. El texto, a la manera de un herbario en prosa, se estructura a partir de veinticuatro entradas; las primeras cinco son definiciones botánicas generales, las restantes diecinueve son descripciones de flores, con una poética particular. En 2020 se celebra el centenario del nacimiento de Clarice Lispector. Con motivo de esta efeméride, Elena Odriozola, premio Nacional de Ilustración, y Alejandro G. Schnetzer han preparado un proyecto internacional que es un libro imprescindible.
Donde se enseñará a ser feliz y otros escritos
Clarice Lispector
Edición de Teresa Montero y Lícia Manzo ; traducción del portugués de Elena Losada.
Este libro contiene algunos textos fundamentales para comprender en profundidad el legado de Clarice Lispector. Seguir la impresionante entrevista que en 1976, un año antes de su muerte, concedió de manera excepcional a Affonso Romano de Sant;Anna y a Marina Colasanti es acercarse al misterio que ella quiso ser y plasmar con un lenguaje que va más allá de la palabra; leer sus primeros cuentos, su inquietante obra de teatro La pecadora quemada y los ángeles armoniosos, sus artículos periodísticos o su conferencia sobre la literatura brasileña contemporánea, es descubrir la verdadera esencia de sus trabajos mayores. Como un rompecabezas que no está acabado sin todas sus piezas, el incomparable universo de la autora brasileña se revela y se completa a la luz de estos escritos.
Family Ties
Clarice Lispector
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"Reading Clarice Lispector's novels is like listening to a stranger unravel her thoughts and then walk out of the door, leaving behind a strong sense of character but few facts about daily life. You wonder after meeting such a person whether she was real or imagined and then decide it doesn't really matter." Belles Lettres The silent rage that seizes a matriarch whose family is feting her eighty-ninth year. The tangle of emotions felt by a sophisticated young woman toward her elderly mother. An adolescent girl's obsessive fear of being looked at. The "giddying sense of compassion" that a blind man introduces into a young housewife's settled existence. Of such is made the world of Clarice Lispector, the Brazilian writer whose finest work is acknowledged to be her exquisitely crafted short stories. Here, in these thirteen of Lispector's most brilliantly conceived short stories, mysterious and unexpected moments of crisis propel characters to self-discovery or keenly felt intuitions about the human condition. Her characters mirror states of mind. Alienated by their unsettling sense of life's absurdity, they seem at times absorbed in their interior lives, and in the passions that dominate and usually defeat them.
Felicidade Clandestina
Clarice Lispector
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Publicado pela primeira vez em 1971, Felicidade clandestina reúne 25 contos que falam de infância, adolescência e família, mas relatam, acima de tudo, as angústias da alma.
Hour of the Star
Clarice Lispector
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Living in the slums of Rio and eking out a living as a typist, Macabéa loves movies, Coca-Cola and her philandering rat of a boyfriend; she would like to be like Marilyn Monroe, but she is ugly and unloved. Yet telling her story is the narrator Rodrigo S.M., who tries to direct Macabéa's fate but comes to realize that, for all her outward misery, she is inwardly free. Slyly subverting ideas of poverty, identity, love, and the art of writing itself, Clarice Lispector's audacious last novel, arguably her best, is a haunting portrayal of innocence in a bad world.
Hvor var dere i natt
Clarice Lispector
Clarice Lispector regnes i dag blant verdenslitteraturens viktigste moderne forfattere. Hvor var dere i natt er en novellesamling fra 1974. Samlingen utforsker hjertets dimensjoner, områdene som grenser mot villfarelser, illusjoner, magi, androgynitet - det innerste laget av et menneskes væren. Natten presenterer seg selv som en materialisering av en drøm, et sted for ritualer, for usannsynlige hendelser, men full av kompakt realitet - til morgenen er der, klar og nyvasket. Morgenen som med ydmykhet kan huse natten og «den letteste og stilleste måten å eksistere.»
Il lampadario
Clarice Lispector
Nella grande casa in cui, magra, scalza, solitaria, la piccola Virgínia si aggira «in concentrata distrazione» i mobili spariscono un po’ alla volta, «venduti, rotti o troppo vecchi», e le porte si aprono su stanze in cui regnano «il vuoto, il silenzio e l’ombra». Abbandonato nella vasta sala da pranzo – dove brillano «vetri e cristalli addormentati nella polvere» – c’è però un lampadario, unico sopravvissuto di antichi fasti: «Il grande ragno avvampava», e Virgínia «lo guardava immobile, inquieta, sembrava presagire una vita tremenda. Quell’esistenza di ghiaccio». Ma soprattutto insieme a lei c’è Daniel, il fratello di poco più grande, che da quando è nata la considera «solo sua», che la protegge e la tormenta, e con lei condivide straordinari segreti: dal misterioso cappello che vedono scivolare lungo il fiume – e che immaginano appartenga a un annegato – alla scatola piena di ragni velenosi di Daniel, fino alla Società delle Ombre di cui sono gli unici membri. Quando i due, cresciuti, lasceranno insieme la tenuta di Granja Quieta per andare a studiare in città, i loro destini si separeranno. E quando, dopo un’ardua educazione sentimentale, Virgínia deciderà di tornarci, capirà «che il posto dove si è stati felici non è il posto dove si può vivere»: sul treno che la riporterà lontano si accorgerà di essersi scordata di guardare il lampadario e saprà «di averlo perduto per sempre», così come ha perduto per sempre la sua infanzia miserabile e incantata. Lispector narra questa struggente iniziazione alla vita con la sua lingua lussureggiante e visionaria: «attenta» ha scritto Franco Marcoaldi «al cuore che batte, alla vena che pulsa, alla vibrazione cieca del sentimento nel corpo».
Laços de Família
Clarice Lispector
Nova edição de Laços de família em capa dura e forração de tecido para coleção Clarice Essencial.Clarice Lispector se aplica, mais do que a nenhum outro escritor brasileiro, aquilo que em si próprio detectava o escritor argentino Julio Cortázar, como um estranhamento, el sentimento de no estar del todo – a sensação de não pertencer, descrita por “Tenho certeza de que no berço a minha primeira vontade foi de pertencer… de algum modo devia estar sentindo que não pertencia a nada nem a ninguém… Quem sabe se comecei a escrever tão cedo na vida porque, escrevendo, pelo menos eu pertencia um pouco a mim mesma.”
La hora de la estrella
Clarice Lispector
Esta novela contiene trece títulos, una muchacha nordestina llamada Macabea, un escritor desesperado de nombre Rodrigo S.M., una cartomante que fue prostituta, un médico que detesta su oficio, un novio impaciente, un gallo que inesperadamente canta en el puerto de Río de Janeiro. Todas estas cosas están en la novela moduladas por la escritura singular de Clarice Lispector que logra incluir el silencio y el grito.
"Escribo para liberarme de mí misma" dijo Clarice, quien irrumpió en la vida literaria brasileña en 1943 con la novela Cerca del corazón salvaje. Después vendrían varias novelas más (La araña, La ciudad sitiada, La pasión según G.H. y Un soplo de vida, entre otras), libros de cuentos (Lazos de familia, Felicidad clandestina, El vía crucis del cuerpo, La bella y la bestia), crónicas, libros infantiles y algunos textos inclasificables como Agua viva. La hora de la estrella es el último libro que Clarice Lispector publicó en vida, poco meses antes de morir el 9 de diciembre de 1977. Como su personaje Macabea, ante la inminencia de la muerte, Clarice también supo darnos -con esta novela- su más poderoso resplandor.
La lámpara
Clarice Lispector
La lámpara (1946) es la segunda novela de Clarice Lispector y, como el objeto que lleva por título, deslumbra hasta cegar, a la vez ilumina aspectos cruciales de la narrativa de la siempre personalísima autora brasileña. Reducido a su núcleo esencial, el texto cuenta la historia de un probable incesto —el de los hermanos Virgínia y Daniel— y de una soledad segura, la de ella, que con su aislamiento distorsiona todas las formas de lo real, enfrentándose y enfrentándonos a la evidencia de la fragilidad de nuestra manera de relacionarnos con los demás y con el mundo. Porque la mirada de Virgínia no hace concesiones y penetra hasta esos rincones del yo que los adultos convenimos desde siempre en ocultar. Por eso, cuando llega el sorprendente y rápido desenlace de la trama, todos asentimos al unísono, comprendiendo de inmediato que era el único final posible.(Biblioteca Clarice Lispector)
La pasión según G.H.
Clarice Lispector
G. H. –nunca sabremos el nombre y apellido de la protagonista– es una mujer independiente, escultora amateur y bien relacionada en los círculos más influyentes de Río de Janeiro. Un día, sola en su ático, encuentra una cucaracha. Esto provocará en ella arcadas de repulsión y un caudal de reflexiones íntimas, algunas hasta entonces desconocidas para ella misma, sobre sus sentimientos, miedos, angustias... Este hecho aparentemente intrascendente le servirá para repasar su vida desde la infancia y llegar así a la determinación de vencer todos sus miedos.
La passione secondo G.H.
Clarice Lispector
In un mattino simile a tanti altri G.H., donna sicura della propria identità e delle proprie scelte, si scontra con un fatto, un evento infimo e mostruoso, che avrà sulla sua vita un effetto fortemente traumatico. In un lungo, minuzioso monologo G.H. riferisce il suo viaggio, allucinato, all’interno di una stanza: “Creerò ciò che mi è accaduto. Solamente perché vivere non è narrabile. Vivere non è vivibile”. Solo attraverso la totale perdita dell’identità, nello spaesamento, nel disorientamento, G.H. comprende che il vivere è “cosa sovrannaturale”, che “essere io,” scrisse Alfredo Giuliani in occasione della prima edizione italiana, “non è una peculiarità umana perché proviene da una fonte anteriore e assai più grande, da una materia infinitamente più ricca e sconosciuta”. Una estenuata interrogazione sul senso di vivere e la ricerca continua della faccia nascosta della realtà.
“Il suo sguardo coglie l’incongruenza delle cose che sono e la volgarità dei nessi che le tengono insieme.”
Antonio Tabucchi
La passion selon G.H.
Clarice Lispector
Je veux savoir ce qu'à perdre, j'ai encore gagné. Pour le moment, je ne sais pas : c'est seulement en me faisant revivre que je vais vivre.
Mais comment me faire revivre? Comment si j'ai perdu le langage naturel? Vais-je devoir, comme si je créais ce qui m'est arrivé, me refabriquer un langage?
« Ce livre est un livre comme les autres, mais je serais heureuse qu'il soit lu uniquement par des personnes à l'âme déjà formée. Celles qui savent que l'approche de toute chose se fait progressivement et péniblement - et doit parfois passer par le contraire de ce que l'on approche. Ces personnes, et elles seules, comprendront tout doucement que ce livre n'enlève rien à personne. A moi par exemple, le personnage de G.H. m'a peu à peu donné une joie difficile : mais son nom est joie. »
Lazos de familia
Clarice Lispector
Lazos de familia –publicado inicialmente en 1960– marcó el regreso definitivo de Clarice Lispector a Brasil luego de una prolongada residencia en el exterior, así como el reconocimiento por parte del público y la crítica. Muchos de los textos que componen este libro consagratorio parecen retomar las temáticas que Clarice ya había esbozado en sus primeras novelas Cerca del corazón salvaje (1943) o La araña (1946), en especial las minucias de las relaciones familiares, sus miserias y también sus misterios.
Cada una de las narraciones de Lazos de familia se presenta como una detallada serie de movimientos que conduce a los personajes a un estado que puede variar entre la extrañeza perceptiva o la deriva subjetiva hasta alcanzar un fuera de sí. Al mismo tiempo, los cuentos anticipan temas –la vida como potencia desconocida, el lenguaje como creación o registro– que Clarice desarrollará exhaustivamente en La pasión según G.H. (1964) y Agua viva (1973).
L'ora della stella
Clarice Lispector
È la storia, narrata con spontaneità e crudezza da un anonimo scrittore, anch'esso parte della finzione letteraria, di una ragazza del sertão dell' Alagoas, una semplice dattilografa trapiantata a Rio de Janeiro. Macabéa è magra, denutrita, priva di ideali ma innocente come un giovane animale. È vergine, ama la coca cola e, "incompetente" com'è nelle cose della vita, finisce per innamorarsi di un operaio metallurgico che, per una sua personale follia quotidiana, ruba in fabbrica gli orologi dei colleghi e sogna di diventare deputato. Macabéa non rappresenta nulla per Olimpico (questo il nome del protagonista maschile): per lei il fato ha decretato non l'amore ma la morte, che, annunciata già da una cartomante, giunge attraverso un incidente stradale. Ecco, è scoccata l'ora finale, "l'ora della gloria", in cui anche una nullità come Macabéa può trasformarsi in "una smagliante stella del cinema" al pari di Marilyn Monroe.
L'intreccio del romanzo è racchiuso in questa breve parentesi di vita qualunque; ma chi ama le storie di Clarice Lispector non potrà non assaporare queste pagine, e in modo del tutto speciale, perché in esse l'autrice ha forse raggiunto quella "grandezza" che precede l'arrivo della fine di una vita (la sua stessa vita...) e che somiglia, come è detto nelle righe finali della vicenda, all' "imminenza che c'è nelle campane lì lì per oscillare".
Questo romanzo, pubblicato nel 1977, lo stesso anno della morte di Clarice Lispector, è considerato ii testamento spirituale della grande scrittrice brasiliana.
Near to the Wild Heart
Clarice Lispector
Near to the Wild Heart is Clarice Lispector's first novel, written from March to November 1942 and published around her twenty-third birthday. The novel, written in a stream-of-consciousness style reminiscent of the English-language Modernists, centers around the childhood and early adulthood of a character named Joana, who bears strong resemblance to her author: "Madame Bovary, c'est moi", Lispector said, quoting Flaubert, when asked about the similarities. The book, particularly its revolutionary language, brought its young, unknown creator to great prominence in Brazilian letters and earned her the prestigious Graça Aranha Prize.
Joana, a young woman very much in the mode of existential contemporaries like Camus and Sartre, ponders the meaning of life, the freedom to be one's self, and the purpose of existence. Near to the Wild Heart does not have a conventional narrative plot. It instead recounts flashes from the life of Joana, between her present, as a young woman, and her early childhood. These focus, like most of Lispector's works, on interior, emotional states of mind.
O mistério do coelho pensante e outros contos
Clarice Lispector
Como todo coelho, Joãozinho franzia o nariz muito depressa quando estava cheirando, ou melhor, pensando em algo importante. Num desses dias em que a barriga estava roncando, uma ideia lhe surgiu à cabeça - fugir da casinhola de grade de ferro sempre que esquecessem a sua comida. Essa e outras três histórias compõem esta bela coletânea para os pequenos leitores.
Onde Estivestes de Noite
Clarice Lispector
A coletânea de textos de 'Onde estivestes de noite', de Clarice Lispector, foi publicada pela primeira vez em 1974. São 17 crônicas trágicas e cômicas, onde as dores e as aflições do cotidiano banal são reveladas ora por descrições angustiadas e delirantes, ora por detalhes bizarros, risíveis, bem-humorados. Os textos reunidos desenham um conjunto heterogêneo, onde é possível identificar o tom das crônicas que Clarice Lispector publicava. Alguns sofreram um deslocamento, pois já tinham sido publicados anteriormente, outros foram extraídos de romances e submetidos a ligeiras modificações, procedimentos que indiciam a urgência que a autora tinha de escrever para garantir sua sobrevivência. Passo a passo, as narrativas vão compondo uma cartografia de impressões, sensações, notícias da vida carioca, onde figuram também amigos, referências afetivas e artísticas.
O primeiro Beijo e Outros Contos
Clarice Lispector
A experiência do primeiro beijo é inesquecível, mesmo quando inesperado, como no conto-título deste livro. Também é inesquecível a 'felicidade clandestina' do contato com os primeiros livros. E uma galinha, como pode ser definida? A avó, homenageada no seu feliz aniversário, o que pensa ela ao olhar com distância para os familiares? Esses temas, ao mesmo tempo tão cotidianos e profundos, estão presentes nesta obra que reúne alguns dos textos mais marcantes de Clarice Lispector.
Para não esquecer
Clarice Lispector
Para no olvidar no es, aparentemente, un libro de cuentos ni una novela, sino –como indica su subtítulo– un libro de crónicas, de pequeñas reflexiones, recuerdos y sensaciones. Pero estas prosas son tan profundamente ficción, ficción clariceana, como sus grandes novelas. Algunas son verdadera poesía, como «El secreto», otras embriones de novela, como «La sensible». Pero incluso cuando son realmente crónicas, es decir interpretaciones de un suceso real, como «Brasilia» o la espléndida «Mineirinho», esa realidad se transfigura, porque Clarice Lispector nos lleva siempre más allá de la realidad y más allá de los límites de la palabra; con ella vamos directos al núcleo puro de lo «neutro-vivo».
Perto do Coração Selvagem
Clarice Lispector
O surgimento de Perto do Coração Selvagem, em 1943, causou grande impacto no cenário literário brasileiro, proporcionando à autora aclamação imediata da crítica e de seus colegas escritores.
Houve quem encontrasse no livro a influência de Virginia Woolf, ao passo que outros apostavam em Joyce, seguindo a falsa pista da epígrafe da qual Clarice pinçou seu título: "Ele estava só. Estava abandonado, feliz, perto do coração selvagem da vida." Ambos os grupos estavam errados, apesar do uso do fluxo de consciência pela escritora estreante a justificar tais correlações. Ocorre, no entanto, que esse havia sido um achado natural e espontâneo para Clarice Lispector, que admitiu como única influência neste caso O Lobo da Estepe, de Hermann Hesse. Não em termos estilísticos tampouco por se identificar com o caráter do protagonista, mas sim por compartilhar com ele e, sobretudo, com Hesse, o desejo imperioso de romper todas as barreiras e ultrapassar todos os limites na busca da própria verdade interior. Anseio personificado pela personagem central, Joana, com uma expressão que se tornou célebre: "Liberdade é pouco. O que desejo ainda não tem nome."
Íntima e universal, destemida e secreta, Joana "sentia o mundo palpitar docemente em seu peito, doía-lhe o corpo como se nele suportasse a feminilidade de todas as mulheres" e ela destoava do sistema patriarcal em que se encontrava inserida da mesma forma que Clarice se distanciava da literatura de seu tempo, ainda dominada pelo regionalismo e o realismo. Ambas, autora e protagonista, eram forças divergentes, porém não dissonantes, já que introduziam uma nova musicalidade, uma harmonia própria, poética e triunfal, na aspereza circundante, enquanto buscavam "o centro luminoso das coisas" sem hesitar em "mergulhar em águas desconhecidas", deixando o silêncio e partindo para a luta. Deste embate à beira do íntimo abismo, Joana torna-se uma mulher completa e Clarice, uma escritora singular e inimitável.
Queridas mías
Clarice Lispector
Queridas mías recoge las cartas privadas de Clarice Lispector a sus hermanas Tania y Elisa entre 1940 y 1957, desde su estancia como periodista en Río de Janeiro hasta Washington, el último destino diplomático que compartió con Maury Gurgel Valente, su marido. Un total de 120 cartas que acompañan una fase de gran producción literaria y de formación de las bases del lenguaje personalísimo de la autora brasileña. Algunas escritas a vuela pluma, otras más reflexivas, desde la Nápoles devastada por la guerra a los Estados Unidos de los años cincuenta, estas cartas son el complemento necesario, en algunos casos imprescindible, de su trayectoria literaria, sobre la que arrojan una nueva luz.
Soulstorm: Stories
Clarice Lispector
Twenty-nine stories and short pieces, originally two separate collections, one written as a challenge from her editor — The Stations of the Body — stories about sex and the body written during one weekend, as well as a longer, more developed collection, Where You Were At Night, concerning the inner lives of women. Both are remarkable, both are unmistakably Lispector.
The Apple in the Dark (Penguin Modern Classics)
Clarice Lispector
Described by Clarice Lispector as 'the best one', this intoxicating portrayal of a man searching for his destiny is her mystical, enigmatic masterpiece
'All I've got is hunger. And that instable way of grasping an apple in the dark-without letting it fall'
Martim, believing that he has committed a murder, flees the city and escapes into the night. Wandering through the vastness of nature he arrives, in a state of fear and wonder, at a remote ranch run by two women. There Martim finds work and, as he labours in the blistering heat of the Brazilian summer, becomes transfigured; remade into something else entirely.
Translated by Benjamin Moser
'The most important Brazilian woman writer of the twentieth century... The richness of The Apple in the Dark defies the explanatory power of any single interpretation' TLS
The Besieged City
Clarice Lispector
Written in flight from Lispector's 'shipwreck of introspection' it is a book unlike any other in the Lispector canon, a novel about simply seeing the external world. Its heroine Lucrécia is utterly mute and unreflective. She may have no inner life. The plot itself is utterly unlike any other Lispector narrative: small-town girl marries rich man, sees the world, and lives happily ever after.
But there are miraculous horses, linguistic ecstasies, catty remarks, minor characters' visions and music from unknown sources. There is Lucrécia, the heroine free of the burden of thought, who 'leaned over without any individuality, trying merely to look at things directly'. And yet her 'mere' looking leads, as Lispector's biographer Benjamin Moser notes, 'paradoxically but inevitably, to Clarice's own metaphysical concerns. As it turns out, not being profound is simply another way of being profound'.
The Burned Sinner and the Harmonious Angels
Clarice Lispector
'One of the hidden geniuses of the twentieth century' - Colm Tóibín
A housewife’s life is shattered by a sudden epiphany. A simple tale of killing cockroaches fragments into multiple narratives, each uncovering new truths. In this selection of haunting short stories, Lispector reveals the permeable boundaries between past and present, the real and the surreal, showing ordinary moments to contain the deepest existential truths.
The Chandelier
Clarice Lispector
Fresh from the enormous success of her debut novel Near to the Wild Heart, Hurricane Clarice let loose something stormier with The Chandelier. In a body of work renowned for its potent idiosyncratic genius, The Chandelier in many ways has pride of place. “It stands out,” her biographer Benjamin Moser noted, “in a strange and difficult body of work, as perhaps her strangest and most difficult book.” Of glacial intensity, consisting almost entirely of interior monologues—interrupted by odd and jarring fragments of dialogue and action—the novel moves in slow waves that crest in moments of revelation. As Virginia seeks freedom via creation, the drama of her isolated life is almost entirely internal: from childhood, she sculpts clay figurines with “the best clay one could desire: white, supple, sticky, cold. She got a clear and tender material from which she could shape a world. How, how to explain the miracle ...” While on one level simply the story of a woman’s life, The Chandelier’s real drama lies in Lispector’s attempt “to find the nucleus made of a single instant ... the tenuous triumph and the defeat, perhaps nothing more than breathing.” The Chandelier pushes Lispector’s lifelong quest for that nucleus into deeper territories than any of her other amazing works.
The Complete Stories
Clarice Lispector
Clarice Lispector’s Complete Stories, 85 in all, are an epiphany, among the important books of this—or any—year
The recent publication by New Directions of five Lispector novels revealed to legions of new readers her darkness and dazzle. Now, for the first time in English, are all the stories that made her a Brazilian from teenagers coming into awareness of their sexual and artistic powers to humdrum housewives whose lives are shattered by unexpected epiphanies to old people who don’t know what to do with themselves. Clarice’s stories take us through their lives—and ours.
From one of the greatest modern writers, these stories, gathered from the nine collections published during her lifetime, follow an unbroken time line of success as a writer, from her adolescence to her death bed.
The Hour of the Star
Clarice Lispector
The Hour of the Star, Clarice Lispector's consummate final novel, may well be her masterpiece. Narrated by the cosmopolitan Rodrigo S.M., this brief, strange, and haunting tale is the story of Macabéa, one of life's unfortunates. Living in the slums of Rio de Janeiro and eking out a poor living as a typist, Macabéa loves movies, Coca-Cola, and her rat of a boyfriend; she would like to be like Marilyn Monroe, but she is ugly, underfed, sickly, and unloved. Rodrigo recoils from her wretchedness, and yet he cannot avoid realization that for all her outward misery, Macabéa is inwardly free. She doesn't seem to know how unhappy she should be. Lispector employs her pathetic heroine against her urbane, empty narrator--edge of despair to edge of despair--and, working them like a pair of scissors, she cuts away the reader's preconceived notions about poverty, identity, love, and the art of fiction. In her last novel she takes readers close to the true mystery of life, and leaves us deep in Lispector territory indeed.
The Imitation of the Rose (Little Clothbound Classics)
Clarice Lispector
Little Clothbound Classics: irresistible, mini editions of short stories, novellas and essays from the world's greatest writers, designed by the award-winning Coralie Bickford-SmithThirteen short tales from one of the most blistering and innovative writers of the twentieth century.The small incidents of life become moments of inner revelation in the luminous writing of Clarice Lispector. A woman contemplating a vase of roses after a nervous breakdown; a tangled mother-daughter relationship; a man's abandonment of a dog; an animal in a zoo: each one leads to mystery and self-discovery, delight and devastation.
The Passion According to G.H.
Clarice Lispector
G.H., a well-to-do Rio sculptress, enters the room of her maid, which is as clear and white 'as in an insane asylum from which dangerous objects have been removed'. There she sees a cockroach - black, dusty, prehistoric - crawling out of the wardrobe and, panicking, slams the door on it. Her irresistible fascination with the dying insect provokes a spiritual crisis within, in which she questions her place in the universe and her very identity, propelling her towards an act of shocking transgression. Clarice Lispector's spare, deeply disturbing yet luminous novel transforms language into something otherworldly, and is one of her most unsettling and compelling works.
The Woman Who Killed the Fish
Clarice Lispector
“That woman who killed the fish unfortunately is me,” begins the title story, but “if it were my fault, I’d own up to you, since I don’t lie to boys and girls. I only lie sometimes to a certain type of grownup because there’s no other way.” Enumerating all the animals she’s loved—cats, dogs, lizards, chickens, monkeys—Clarice finally asks: “Do you forgive me?”
“The Mystery of the Thinking Rabbit” is a detective story which explains that bunnies think with their noses: for a single idea a bunny might “scrunch up his nose fifteen thousand times” (he may not be too bright, but “he’s not foolish at all when it comes to making babies”). The third tale, “Almost True,” is a shaggy dog yarn narrated by a pooch who is very worried about a wicked witch: “I am a dog named Ulisses and my owner is Clarice.” The wonderful last story, “Laura’s Intimate Life” stars “the nicest hen I’ve ever seen.” Laura is “quite dumb,” but she has her “little thoughts and feelings. Not a lot, but she’s definitely got them. Just knowing she’s not completely dumb makes her feel all chatty and giddy. She thinks that she thinks.” A visitor with one eye from Jupiter arrives and vows Laura will never be eaten: she’s been worrying since “humans are a weird sort of person” who can love hens and eat them, too. Such throwaway wisdom abounds: “Don’t even getting me started.” These delightful, high-hearted stories, written for her own boys, have charm to burn—and are a treat for every Lispector reader.
Todos os Contos
Clarice Lispector
Autora de romances e contos que figuram entre os mais emblemáticos da literatura brasileira, Clarice Lispector é considerada uma das mais importantes escritoras do século XX. Sua popularidade alcançou níveis surpreendentes nas últimas décadas, especialmente após o fenômeno da internet, mas sua figura e sua obra seguem exercendo sobre leitores o mesmo e fascinante estranhamento que causaram desde sua estreia literária, em 1943. Nesta coletânea, que reúne pela primeira vez todos os contos da autora num único volume, organizado pelo biógrafo Benjamin Moser, é possível conhecer Clarice por inteiro, desde os primeiros escritos, ainda na adolescência, até as últimas linhas. Essencial para estudantes e pesquisadores, para fãs de Clarice Lispector e iniciantes na obra da escritora, Todos os contos foi lançado nos Estados Unidos em 2015, figurando na lista de livros mais importantes do ano do jornal The New York Times e ganhou importantes prêmios, como o Pen Translation Prize, de melhor tradução. Agora é a vez de os leitores brasileiros (re)descobrirem por completo esta contista prolífica e singular.
Too Much of Life
Clarice Lispector
'How did I so unwittingly transform the joy of living into the great luxury of being alive?'
Between 1967 and 1977, Clarice Lispector wrote weekly dispatches from her desk in Rio for the Jornal de Brasil. Already famous for her revolutionary, interior, metaphysical novels, in her Chronicles she turns her attention to the everyday, turning the material of her life into profound, touching and funny, tiny revelations.
Observing the world around her, small encounters like hearing tales of the lost loves of a taxi driver, or the bitterness lurking beneath the prettiness of an old friend, become an exposition of the currents and foibles that define our lives. Everything from the meaning of cosmonauts to the new ideas, writers and artists that populate the sparkling international world of the sixties and seventies are considered and transformed into jewels of insight, delight and devastation.
Sincere and playful, exhilarating and contemplative, Too Much of Life: Complete Chronicles opens up a new way of seeing the world.
Too Much of Life: Complete Chronicles (Penguin Modern Classics)
Clarice Lispector
'How did I so unwittingly transform the joy of living into the great luxury of being alive?'Between 1967 and 1977, Clarice Lispector wrote weekly dispatches from her desk in Rio for the Jornal do Brasil . Already famous for her revolutionary, interior, metaphysical novels, in her Chronicles she turns her attention to the everyday, turning the material of her life into profound, touching and funny, tiny revelations.Observing the world around her, small encounters like hearing tales of the lost loves of a taxi driver, or the bitterness lurking beneath the prettiness of an old friend, become an exposition of the currents and foibles that define our lives. Everything from the meaning of cosmonauts to the new ideas, writers and artists that populate the sparkling international world of the sixties and seventies are considered and transformed into jewels of insight, delight and devastation.Sincere and playful, exhilarating and contemplative, Too Much of Complete Chronicles opens up a new way of seeing the world.
Too Much of Life: The Complete Crônicas
Clarice Lispector
The things I’ve learned from taxi drivers would be enough to fill a book. They know a lot: they really do get around. I may know a lot about Antonioni that they don’t know. Or maybe they do even when they don’t. There are various ways of knowing by not-knowing. I know: it happens to me too.
The crônica, a literary genre peculiar to Brazilian newspapers, allows writers (or even soccer stars) to address a wide readership on any theme they like. Chatty, mystical, intimate, flirtatious, and revelatory, Clarice Lispector’s pieces for the Saturday edition of Rio’s leading paper, the Jornal do Brasil, from 1967 to 1973, take the forms of memories, essays, aphorisms, and serialized stories. Endlessly delightful, her insights make one sit up and think, whether about children or social ills or pets or society women or the business of writing or love. In this new, large, and beautifully translated volume, Too Much of Life: The Complete Crônicas presents a new aspect of the great writer—at once off the cuff and spot on.
Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres
Clarice Lispector
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Como em todas as obras de Clarice Lispector, 'Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres' é um ponto de vista feminino a respeito da vida. Lóri, na verdade, é a personagem central, enquanto Ulisses ocupa um papel secundário, mero referencial para os pensamentos e atitudes de Lóri. O livro conta, acima de tudo, a viagem empreendida por Lóri em busca de si própria e do prazer sem culpa. Uma viagem na qual Ulisses funciona como um farol, indicando onde estão os perigos e o caminho correto para a aprendizagem do amor e da vida.
Um Sopro de Vida
Clarice Lispector
Quando a escritora Clarice Lispector terminou Um sopro de vida, às vésperas de sua morte, por câncer, em 1977, sabia que este seria o seu livro definitivo. O livro era de fato o sopro de vida de Clarice, que precisava escrever para se sentir viva. Na história, ela fala de um homem aflito que criou uma personagem, Angela Pralini, seu alter-ego. Mas ora ele não se reconhecia em Angela, porque ela era o seu avesso, ora odiava visceralmente o que via refletido naquela estranha personagem-espelho. O autor elabora Angela Pralini, mas ela toma vida própria, surpreendendo e revoltando seu criador com suas diferenças. Um processo de criação, uma relação em que Clarice Lispector revela os conflitos de um autor com seus próprios impulsos e o quanto é doloroso aceitá-los e deixá-los fluir. Ainda que estes impulsos se realizem através de uma personagem, Angela Pralini, criada para libertar o autor de seus fantasmas, cumpre o destino de ser o sopro de vida de um escritor. A questão da vida e da morte atormenta este autor criado por Clarice em seus últimos momentos de vida: "Se me perguntarem se existe vida além da morte... respondo num hesitante esquema: existe mas não é dado saber de que forma essa alma viverá... Vida, vida recoberta em um véu de melancolia. Morte: farol que me guia em rumo certo. Sinto-me magnífico e solitário entre a vida e a morte", diz o autor, ao qual responde a personagem Angela Pralini: "Na hora de minha morte - que é que eu faço? Me ensinem como é que se morre. Eu não sei." Ao longo destes impulsos de vida e de morte que resultaram em Um sopro de vida, o livro definitivo, Clarice Lispector escreveu a sua última obra publicada, A hora da estrela. Nova edição, agora com projeto gráfico de Victor Burton e capa criada a partir de pinturas da própria Clarice. Esta edição traz posfácio do professor de literatura Carlos Mendes de Sousa.
Un apprendistato o Il libro dei piaceri
Clarice Lispector
“L’indimenticabile Clarice Lispector: un Čechov al femminile” The New York Times
Una storia d’amore, in cui i protagonisti vanno alla ricerca di una vita vissuta insieme, nel dolore e nel piacere. Ma lei non è matura per questa nuova dimensione. Si isola, diviene l’osservatorio di se stessa e, attraverso lo studio delle reazioni che il sentimento le fa nascere, cresce e diventa donna. È l’amore di donna che si trasforma in parola. Un libro che insegna come non avere paura di amare.
“Placami l’anima, fa’ che io senta la Tua mano stretta alla mia, fa’ che io senta che la morte non esiste perché in realtà siamo già nell’eternità, fa’ che io senta che amare è non morire, che il dono di se stessi non significa la morte, fa’ che io senta un’allegria modesta e quotidiana, fa’ che non Ti chieda troppo, perché la risposta sarebbe misteriosa quanto la domanda, fa’ che ricordi che non c’è spiegazione nemmeno al perché un figlio vuole il bacio della madre, eppure lo vuole, eppure il bacio è perfetto, fa’ che io riceva il mondo senza timore, poiché per questo mondo incomprensibile sono stata creata, e anch’io incomprensibile, e ciò vuol dire che c’è un legame tra questo mistero del mondo e il nostro, ma questo legame non ci sarà chiaro finché cercheremo di capirlo, benedicimi affinché viva con allegria il pane che mangio, il sonno che dormo, fa’ che io abbia carità per me stessa poiché altrimenti non potrei sentire che Dio mi ha amato, fa’ che io perda il pudore di desiderare che nell’ora della mia morte vi sia una mano umana amata a stringere la mia, amen.”
Un soffio di vita
Clarice Lispector
Libro postumo, libro testamento – ma anche «intrepido e scherzoso libro di vita», debordante di «frasi sconnesse come in sogno», di «idee allo stato grezzo», formato di «resti della demolizione di un'anima» e di «estasi provvisorie» –, «Un soffio di vita» mette in scena due personaggi (l'Autore e la sua creazione, o creatura, Ângela) che dialogano affrontando tutti i temi sui quali la Lispector si è incessantemente interrogata: le parole, il tempo, il mondo, la storia, la preghiera, gli esseri viventi e quelli inanimati. Infine: la grazia. La scrittrice non nasconde affatto le sue intenzioni e, perentoria come sempre, esordisce: «Voglio scrivere movimento puro». Quel che si propone, infatti, non è una stesura coerente, una trama qualsivoglia, bensì il definitivo esorcismo dell'indicibile. Quando compone gli ultimi frammenti, le è stata diagnosticata una malattia mortale, e la morte pervade questo testo, che lei stessa confessava essere stato «scritto nella sofferenza». Olga Borelli, l'amica-assistente che per otto anni le è stata vicina, annotando i suoi pensieri e battendo a macchina i suoi manoscritti, ha affermato che «Un soffio di vita» doveva essere il suo «libro definitivo», scaturito com'è «da uno slancio doloroso che lei non era in grado di trattenere».
Un soplo de vida
Clarice Lispector
Escrita poco antes de morir e inédita en castellano, Un soplo de vida es la última indagación literaria de Clarice Lispector y, quizá, su más intensa meditación sobre el sentido de la vida y del acto de escribir libre de toda atadura. Para todos aquellos lectores de esta gran escritora brasileña, esta obra póstuma arrojará, sin duda, una nueva luz sobre lo más íntimo de su escritura.
Vicino al cuore selvaggio
Clarice Lispector
This is an alternative cover edition for ISBN 8845917762 / ISBN-13 9788845917769.
«Per quanto possa sembrare strano, si resta con un’impressione luminosa, ancorché sgomenta, avendo attraversato l’atmosfera di sgradevolezza, di malessere e di smarrimento, di indecifrabilità, di serpeggiante o esplosiva follia che avvolge i personaggi della Lispector. La grande virtù dell’autrice sta nella decisione di guardare come fioriscono, come si staccano dal fluire opaco dell’esistenza, gli stati di coscienza enigmatici, i collassi dell’identità personale, le fughe impossibili dagli ordini stabiliti» (Alfredo Giuliani)
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